segunda-feira, 16 de maio de 2016

Vai ter Golpe?

Desde que deflagrado o processo de Impeachment da Presidente Dilma, os movimentos fiéis à sua permanência no cargo cunharam um slogan – “não vai ter golpe” – que tem se repetido como um símbolo motivador da luta pela sua manutenção no poder. 
Essa frase, infelizmente, não é mero resultado ou síntese das convicções que tenham se formado espontaneamente naqueles que apoiam a Presidente. Trata-se, bem ao contrário, de uma engenhosa e bem articulada campanha de manipulação que se vale de técnica bastante eficaz de convencimento. Aliás, essa tem sido, infelizmente, a tônica das campanhas eleitorais de muitos partidos, tanto da situação como da oposição.


É preciso, portanto, que entendamos um pouco sobre como funciona a manipulação. Isso se mostra especialmente necessário se considerarmos que um pilar da democracia é a soberania popular. E essa se expressa na prevalência da vontade do povo. Porém, essa vontade há de nascer de uma livre reflexão racional, e não que simplesmente aflorar da emoção causada por técnicas rebuscadas e eficazes de convencimento.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

A alegria de ser Mãe

No próximo domingo, dia 8 de maio, comemoramos o dia das mães. É, portanto, uma interessante oportunidade para considerarmos o que é ser mãe neste início de milênio.

Em sua recém lançada exortação apostólica Amoris Lætitia, o Papa Francisco aborda a situação da família na atualidade: “O sentimento de ser órfãos, que hoje experimentam muitas crianças e jovens, é mais profundo do que pensamos. Hoje reconhecemos como plenamente legítimo, e até desejável, que as mulheres queiram estudar, trabalhar, desenvolver as suas capacidades e ter objetivos pessoais. Mas, ao mesmo tempo, não podemos ignorar a necessidade que as crianças têm da presença materna, especialmente nos primeiros meses de vida. A realidade é que «a mulher apresenta-se diante do homem como mãe, sujeito da nova vida humana, que nela é concebida e se desenvolve, e dela nasce para o mundo». O enfraquecimento da presença materna, com as suas qualidades femininas, é um risco grave para a nossa terra. Aprecio o feminismo, quando não pretende a uniformidade nem a negação da maternidade. Com efeito, a grandeza das mulheres implica todos os direitos decorrentes da sua dignidade humana inalienável, mas também do seu génio feminino, indispensável para a sociedade. As suas capacidades especificamente femininas – em particular a maternidade – conferem-lhe também deveres, já que o seu ser mulher implica também uma missão peculiar nesta terra, que a sociedade deve proteger e preservar para bem de todos”.