segunda-feira, 22 de abril de 2013

Cursos de Orientação Familiar

No mundo dos negócios ouve-se falar cada vez mais em qualidade nos produtos e serviços e, para consegui-la, numa economia cada vez mais competitiva, muitas técnicas são desenvolvidas e implementadas. Dentre elas, especial importância se atribui às chamadas ferramentas de gestão.
E isso é necessário, dado o dinamismo das relações pessoais num mundo globalizado. Mas, além do trabalho, também a família ocupa – ou deveria ocupar – uma posição de destaque na vida das pessoas, precisamente porque o sucesso nela é fundamental para que se alcance a felicidade.
Se é assim, ou seja, se da realização na vida familiar depende, em última análise, a felicidade dos seus membros, e também ela está inserida e sujeita às mesmas vicissitudes de uma sociedade que segue seu curso num ritmo frenético, não será necessário que se desenvolvam ferramentas de gestão igualmente eficientes para gerir essa “empresa”?
Colocada a questão nesses termos, talvez surja, num primeiro momento, uma resistência em aceitar a comparação, com o argumento de que a família é uma pequena sociedade fortemente marcada pela afetividade. Assim, transformá-la numa empresa significaria matar o sentimento, que é fundamental para a sua sobrevivência.
De fato, a família é uma sociedade onde reina e deve reinar o afeto. Mas se é assim, a sua gestão e, por consequência, as ferramentas que se desenvolvam para atingir esse fim, devem levar em consideração a sua natureza e modo de ser.
Uma técnica que foi desenvolvida há década nas escolas de negócio é o chamado método do caso. Consiste basicamente em saber distinguir, numa determinada situação, o que é fato e, a partir desses fatos, identificar problemas que, por sua vez, permitem apontar e implementar soluções concretas para os problemas identificados.
Essa mesma metodologia foi desenvolvida e adaptada para a família. Nos cursos de orientação familiar que seguem esse método, no chamado Sistema F (de família), são apresentados casos envolvendo situações familiares nas quais o casal – é necessária a participação da mulher e do marido – são treinados a analisar os fatos, identificar problemas e apontar soluções concretas, passíveis de serem implementadas.
Essa técnica desenvolvia a partir da análise de situações familiares nas quais o casal não está envolvido é necessária precisamente porque a relação conjugal é fortemente marcada pelo sentimento. Assim, analisar um caso distante, que em princípio não tem a ver com eles, permite uma discussão mais serena. Ao final, aprende-se a tratar das questões familiares com maior objetividade, capacitando-os para encontrar as raízes mais profundas dos problemas e, a partir daí, buscar soluções mais eficientes e duradouras.
Com isso, após participar dos cursos, o casal que for fiel ao método e cumprir todas as suas etapas, estará apto para, em suas próprias vidas, analisar serenamente e com objetividade os fatos, identificar problemas e propor soluções, que desencadeiam um plano de ação, cujo objetivo é buscar, em conjunto, a felicidade própria e dos filhos.
Mágica? Penso que não. É a tecnologia bem aplicada para construir a felicidade da mulher e do homem como um todo nesse mundo em que estão inseridos. Ela não se alcança apenas com o sucesso no trabalho. Também o amor entre o casal e a sua manifestação frutífera na geração e educação dos filhos contam com técnicas eficazes para gerir esse empreendimento formado por pessoas com coração e sentimento, sedentas de amar e de serem amadas, humanizando esse mundo que é e pode ser ainda mais belo.

Para quem se interessa pelo assunto sugiro consultar a entidade internacional que cuida da difusão do método, o IFFD, que já conta com entidades conveniadas em cerca de sessenta países, inclusive o Brasil, o IBF.

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