segunda-feira, 9 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher

Ontem, dia 8 de março, foi o Dia Internacional da Mulher. Penso que a maneira mais sincera de homenageá-la é meditar na importância dela para a vida de cada pessoa e, por conseqüência, para a sociedade e toda a humanidade.
Muito se evoluiu, especialmente nas últimas décadas, na conquista de direitos que a colocam, ao menos no aspecto jurídico, em igualdade de condições com o homem. Porém, na prática, nem sempre é fácil assegurar um tratamento isonômico. E não o é porque mulher e homem são essencialmente diferentes. Já vão longe os dias, felizmente, em que o homem era considerado superior à mulher. Porém, é inegável que são muito diferentes sob vários aspectos: biológico, psicológico, emocional etc. Nesse sentido, como se assegurar um tratamento igualitário a seres que são fundamentalmente diferentes?
Certa vez ouvi a história de um fazendeiro muito rico que teve sete filhos. Era tão preocupado em dar um tratamento igualitário aos filhos que, quando decidia presenteá-los, fazia questão de dar exatamente o mesmo presente a todos. Assim, quando um dos filhos lhe pediu um carro, ele atendeu ao pedido, porém, comprou sete veículos do mesmo modelo, marca e cor, um para cada filho. E quando quis presentear uma nora com uma máquina de lavar roupa, fez exatamente o mesmo para todas. Mas será que cada um desses filhos (ou noras) possuíam as mesmas necessidades, ou o mesmo gosto, com relação a cada um desses objetos? Por certo que os presentes não agradaram a todos. Tal se deve ao fato de tratar de forma igual pessoas que são diferentes.
Atribui-se ao movimento feminista a conquista de muitos direitos de que gozam hoje as mulheres. Não contesto, nem tenho meios para confirmar a verdade histórica dessa afirmação. Mas é inegável que os protestos, as manifestações públicas e os movimentos são necessários para se vejam reconhecidos no plano institucional os direitos que se buscam. Porém, penso que essa mesma estratégia de luta, trazida para o ambiente do lar, é frustrante e pode ter conseqüências muito indesejáveis para a mulher.
É que toda luta pressupõe um enfrentamento do qual alguém sai ou não vitorioso. Após uma guerra, surgem os vitoriosos e os vencidos. Dentre os motivos de glória dos vencedores estão os despojos dos vencidos. Mas seria realizador para a mulher vencer uma luta na qual sobressai como vencedora em relação ao marido? Por certo que não. É que no lar há de reinar a harmonia. E a mulher não quer ser vencedora de guerra nenhuma, mas simplesmente que se lhe assegure o direito de ser mulher, na acepção mais abrangente e completa do termo.
Todo ser humano necessita de uma acolhida, de um calor materno. “Quero colo” parece ser a frase que muitos de nós queremos gritar de vez em quando. E esse colo tem de ser o de mãe. Quero dizer que a ternura é algo que na mulher assume características muito peculiares, absolutamente impossíveis de serem imitadas por qualquer homem, por mais que se esforce. Evidentemente não está apenas nisso toda a imensa dignidade da mulher. Há nelas muitas outras qualidades e virtudes que devem ser reconhecidas e valorizadas. Mas também nisso elas são absolutamente insubstituíveis.
E tanto mais são elas insubstituíveis na família. Aliás, feliz é o lar em que a mulher comanda de verdade. Especialmente se ela tiver o dom e a graça de comandar com suavidade e valentia, como lhes é muito próprio. Lar em que a ordem é um simples “por favor”, em que o marido não se sente comandado por ninguém, muito embora no seio do lar verdadeiramente o seja.
Como homenagem à mulher, temos de propor um novo feminismo, no qual não haja uma submissão servil, mas também que não ocorra um embate desnecessário e destrutivo. Que não haja inferioridade ou qualquer desigualdade jurídica, mas também que não haja uma falsa igualdade que não respeite a sua natureza feminina. Seria muito bom às famílias, à sociedade, ao Estado e à humanidade toda que nós, homens, e que ela própria, nos déssemos conta dessa verdade: em suas mãos está o passado, o presente e o futuro do gênero humano.

Desses tolos homens que passamos toda uma vida sem saber, de verdade, compreender você, mulher, receba os mais sinceros parabéns!

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