segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pais bem sucedidos

Ontem foi dia dos pais. Sabemos que exercer de forma responsável a paternidade hoje em dia não é uma tarefa nada fácil. Isso porque o trabalho profissional  consome grande parte do nosso tempo e das nossas energias, de tal sorte que muitas vezes acaba ficando para um segundo plano a atenção que deveríamos dar aos nossos filhos. Nesse cenário, é possível sermos ao mesmo tempo bons profissionais e pais bem sucedidos?
Sabemos com certa facilidade o que é necessário para alcançar o sucesso profissional. Dentre outros, são necessários o estudo, a dedicação e a perseverança. Com efeito, é preciso que se dominem os diversos aspectos de nosso trabalho, o que não se consegue sem um estudo apurado e constante. Além disso, é necessário gastar tempo, muitas horas do dia para sermos bons profissionais. Por fim, é necessário perseverar. É que não atingiríamos o sucesso em nenhuma profissão se formos pessoas inconstantes, que desistem logo que se depara com as primeiras dificuldades.
Esses ingredientes são os mesmos necessários para se forjar pais bem sucedidos.
O mundo moderno traz muitas facilidades, mas também nos coloca diante de muitos desafios. Assim, é necessário que os pais sejam verdadeiros profissionais da educação. E isso não se consegue sem um estudo constante sobre a educação dos filhos. Atento a isso, cada vez mais se lançam livros e se organizam cursos que ensinam os pais a serem pais. Mas essa formação não pode se limitar a umas aulinhas sobre técnicas para trocar fraldas e para dar banho em bebês recém-nascidos. Muito mais que isso, os pais devem estar preparados e bem informados para lidar com assuntos complexos e delicados, tais como o uso da internet, as causas da rebeldia na adolescência, educação sexual, dentre muitos outros. E para isso é necessário estar bem informados.
Mas não basta ficar nos conhecimentos teóricos. Há que se encontrar tempo para estar com os filhos. Para que isso seja possível, o trabalho profissional tem de ter hora para começar e hora para terminar. Do contrário, corre-se o risco de prolongar-se cada vez mais o tempo dedicado ao trabalho profissional, ficando os filhos para um terceiro ou quarto planos. E além de nos esforçarmos por chegar a casa num horário bem determinado, em que seja possível estar com os filhos, devemos nos empenhar por estarmos de fato presentes, vale dizer, disponíveis para passar bons momentos juntos, participando de jogos saudáveis ou mantendo agradáveis conversas familiares.
É necessário perseverar. O pai não tem o direito de jamais “lavar as mãos” diante da educação dos filhos. Ao contrário, deve ter muito claro que sempre terá a responsabilidade pela formação do filho. E esse amor que se traduz numa entrega constante do pai em favor do filho deve ser incondicional.
Os pais bem sucedidos cuidam muito bem daquela sem a qual eles não seriam pais, qual seja, a mãe de seus filhos. Todo ser humano nasce com uma necessidade irreprimível de ser e de se sentir amado. Exatamente por isso, todos querem que aqueles que nos transmitiram o dom da vida, que é um ato de amor, que se amem entre si.
Muito se tem pensado e trabalhado nas empresas de sucesso para manter um bom nível de relacionamento entre as pessoas. É que cada vez mais se percebe que os resultados de qualquer instituição dependem da qualidade do ambiente de trabalho. Nesse aspecto, os pais que pretendem ser bem sucedidos devem notar que no ambiente familiar, mais que se buscar um bom relacionamento, devem se esforçar por construir no lar um ambiente alegre e sereno. Trata-se de fazer com que reine o afeto e a ternura. Mas isso não se consegue apenas com “profissionalismo”. É necessária a generosidade que leva ao esquecimento próprio para se dedicar aos outros.

Com essas considerações, poderia alguém pensar que ser pai é algo cansativo e entediante. De fato, ser pai implica chegar ao final do dia tomado pelo cansaço. No entanto, não há nada de tédio nisso. Afinal, não há salário ou gratificação que pague o valor de um doce sorriso com que somos recepcionados ao adentramos em casa, nem muito menos aquele carinhoso “feliz dia dos pais” com que fomos brindados ontem e sempre.

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