segunda-feira, 25 de junho de 2007

Tolerância e bom senso

Na última “parada gay” que ocorreu em São Paulo, domingo, dia 10 de junho, segundo se diz, teve a religião como mote central do evento. A imprensa chegou a exibir uma pessoa, “fantasiada” de papa, distribuindo preservativos que retirava de um cálice. Atitudes como essa por certo acirram as divisões entre os adeptos do movimento homossexual e os cristãos coerentes com sua fé. Temos de nos indagar, porém, se as essas relações devem ser necessariamente tensas ou marcadas pelo desrespeito.
Penso que o primeiro passo para se construir o respeito mútuo entre quem defende opiniões diversas seja conhecer os motivos que inspiram as convicções diferentes. O cristianismo condena o homossexualismo, ressalto, o homossexualismo, e não o homossexual. Assim vem tratado o assunto no Catecismo da Igreja Católica:
“A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada.
Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que “os atos de homossexualidade” são intrinsecamente desordenados. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (n. 2.357).
Note-se que se empregam palavras muito incisivas e até certo ponto duras contra o homossexualismo, porém, em momento algum se estimula nem se aprova qualquer postura discriminatória com relação aos homossexuais.
O cristão deve atuar sempre com um profundo respeito à liberdade das consciências. São nefastas e profundamente anticristãs as posturas daqueles que fazem piadinhas pelas costas com relação ao colega de trabalho, de escola ou do clube em decorrência de sua orientação sexual. Aliás, é enfático o mesmo Catecismo:
“Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condição homossexual; para a maioria, pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á com eles todo sinal de discriminação injusta” (nº. 2358).
E um segundo ponto importante para se superarem as divisões é o respeito mútuo. Assim, se os homossexuais devem ser tratados com dignidade, penso que aos cristãos também seja devido o mesmo respeito, de modo que são imensamente reprováveis atitudes como a que mencionamos, em que a imagem do Papa e símbolos da fé católica são ridicularizados gratuitamente.
Por fim, cumpre ressaltar que para não discriminar o homossexual não é necessário dizer que o homossexualismo seja intrinsecamente bom, assim como o os não católicos não precisam fingir uma reverência ou adesão ao Papa. A concórdia entre os que têm pontos de vista diferentes se atinge pelo bom senso e pela tolerância, não por concessões mútuas, numa espécie de transigências de ambas as partes. O cristão autêntico de hoje, de dois mil anos atrás e de daqui a dez mil anos continuará tendo o mesmo conceito (e não pré-conceito) sobre o homossexualismo. Além disso, não pode ceder ou “transigir” com sua fé. Aliás, já se disse com muita propriedade que “quando um homem transige em coisas de ideal, de honra ou de Fé, esse homem é um homem... sem ideal, sem honra e sem Fé”.

Um grande amigo me contou que, há alguns anos atrás, havia em sua cidade natal um rapaz de grande coração, assumidamente homossexual. Em uma ocasião festiva, acho que em uma festa de final de ano, esse rapaz o cumprimentou com um respeitoso, mas ao mesmo tempo caloroso abraço. Poucos dias após, por infelicidade, o rapaz veio a falecer. Diante disso, reproduzo a frase desse meu amigo: “Não sei por que motivo, mas sempre que me recordo da cena, apesar dos muitos anos, é como se ainda sentisse vibração e alento de vida que me transmitia naquele caridoso cumprimento”.

Não se dá o que não se tem

“Quando eu nasci, Papai do Céu olhou pra mim e disse: esse é o cara!” (Romário). Quando ouvi essa frase pensei o que muitos dos leitores devem estar pensando também: esse jogador de futebol é muito petulante, quem ele pensa que é?.. Porém, meditando melhor, podemos dizer que a frase é muitíssimo sábia, mais ainda, tem um forte conteúdo filosófico. É que ela pode ser colocada da boca de qualquer pessoa, de cada um de nós, e, principalmente, dos nossos filhos. De fato, o “Papai do Céu” nos olha como seres únicos e irrepetíveis, para Ele, todos nós somos individualmente “o cara”.
Penso que é importante que todos considerem essa realidade: cada ser humano é maravilhosamente único. Para o educador, porém, considerá-la vivamente e agir de forma coerente com ela é fundamental. Com efeito, o mestre não é nunca o professor do maternal I ou do 3º ano do ensino fundamental, mas o professor do João, da Rafaela, do Tiago, da Marina e de vários outros meninos e meninas, que têm uma família (ou não), um lar (ou não), sonhos, frustrações, alegrias, tristezas, fé, amor e esperança.
E a ponderação serve muito especialmente também para os pais. O pai e a mãe também não são o pai e a mãe das crianças, mas de cada um dos filhos, a quem é necessário conhecer a fundo. E mesmo que seja um filho único, a busca de conhecê-lo melhor não está dispensada, talvez com a desculpa de que por se ter apenas um terá mais disponibilidade para isso. Não, conhecer o filho é uma tarefa que sempre exige esforço e dedicação.
Talvez alguém possa estar se perguntando: mas por que é necessário que o educador (pai, mãe, professor) conheça o educando (filho ou aluno)? É que educar é uma tarefa de amor. Se alguém nos perguntasse se amamos uma determinada pessoa que vive na África do Sul, a resposta mais óbvia seria: “mas eu nem a conheço”.
Pois bem, mas será que conhecemos de verdade os nossos filhos? E os professores, durante o ano letivo ou no tempo de que dispõem, ocupam-se de verdade em conhecer os seus alunos?
E essa indagação sugere outra: mas temos de conhecer os nossos filhos e alunos por quê? Mais ainda, temos o direito de adentrar em suas vidas? Ora, pais e professores têm o direito e o dever de conhecer os filhos e alunos, não, porém, para devastar suas intimidades, mas para que possam ajudá-los a ser melhores como pessoas. E com isso não se tira a liberdade, até porque no interior de uma pessoa somente se entra quando se permite.
Mas ainda que se conheça o filho (ou o aluno), e se aprenda a admirá-lo. Ainda que se tenham olhos de ver as maravilhas que se encontram em cada alma, isso ainda não é suficiente para ser um bom educador. É que pode acontecer de, apesar de conhecermos os nossos filhos (ou alunos), aprendermos admirá-los, não saibamos de fato como ajudá-los.
Eis aqui talvez o grande conflito do educador. Aquele que surge quando pensa: sei o que se passa com ele (ou ela), mas e daí? Que posso fazer?
Quanto a isso, temos de admitir que ninguém dá o que não tem. Quem se aventura a ser educador, tem antes de se empenhar seriamente, a cada dia, em ser ele próprio melhor enquanto pessoa. Trata-se de esforçar-se por lutar contra os defeitos, ora vencendo, ora perdendo, mas sempre lutando. E enquanto houver essa luta, quer se perca, quer se vença, então sim se pode educar. É que então poderemos contar com o maravilhoso aprendizado de nossas vidas, aquele que obtemos com nossos fracassos e nossos sucessos.
Se lutamos, poderemos adentrar nos interior de nossos filhos (ou alunos) e perceber que são muito melhores que nós, mas poderemos ajudá-los por já termos visto em nós mesmos, superadas ou não, as mesmas dificuldades que os afligem.

Para um bom guia de alpinismo, toda escalada é única e exige os seus cuidados e desvelos. Mas somente pode ser um bom guia o que já conhece o caminho. E em matéria de educação, o mapa a ser trilhado está impresso apenas em nossos corações.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Liberdade de expressão X Dignidade humana

Têm sido muito freqüentes as denúncias feitas pelos meios de comunicação social de irregularidades praticadas por autoridades das diversas esferas do governo e de todos os Poderes do País. Penso que uma imprensa forte e atuante é imprescindível para a sobrevivência do regime democrático. Por outro lado, porém, a dignidade da pessoa humana, dentro do que se insere o direito à honra, também é essencial para a existência de uma vida harmônica em qualquer grupo social. Nesse sentido, como conciliar o dever de informar com o respeito à honra que se há de resguardar aos cidadãos e às instituições?
A nossa Constituição Federal, em seu artigo 1º, inciso III consagra como princípio fundamental a dignidade da pessoa humana. E essa dignidade não deve ser desfrutada apenas por alguns, mas por todos, indistintamente. Em lugar nenhum está dito que o preso, o que comete algum crime, ou seja lá quem for, seja por que motivo for, pode perder o direito à dignidade, que deve ser assegurada a todo ser humano. E, como parte integrante e indissociável desse princípio, está a honra da pessoa, e também das instituições, que devem ser respeitadas, não sendo lícito a ninguém violá-la, seja por que motivo for.
Feita essa consideração, poderia alguém interpretar mal a idéia que sustentamos para indagar: então a imprensa não pode noticiar as falcatruas, pois com isso se denigre a honra das pessoas? Claro que não. A imprensa não somente pode como deve denunciar as falcatruas, as más utilizações que se faça do dinheiro público e todas as irregularidades que sejam praticadas por autoridades, sejam elas quem for: governantes, juízes, parlamentares etc.
Ocorre que a atuação ética e legal da empresa jornalística, que cumpre com o dever de informar, sem violar o direito à honra, deve se ater aos fatos a que os cidadãos têm direito de saber. Isso nem sempre é fácil, exige uma atenção constante e uma esmerada formação humana por parte do profissional da mídia.
Tomemos um exemplo que talvez ilustre melhor a idéia. Imaginemos que alguém telefone ou envie um e-mail para a redação do jornal dizendo ter provas de que um juiz “vendeu” a sentença, ou seja, decidiu a favor de alguém para receber dinheiro em troca. E imagine-se que a notícia seja “quente”, ou seja, que já se tenha colhidos provas seguras disso. Deve o fato ser levado a público? Não tenho dúvida em dizer que sim. Afinal, a Constituição Federal assegura que todo poder emana do povo e em seu nome é exercido. Assim, se um integrante de alguns dos Poderes incorreu em corrupção, o povo, em nome de quem aquele poder é exercido, tem direito de saber.
Porém, há diversas formas de se levar a notícia ao público. Pode-se dizer “fulano é ladrão”, ou, ao contrário, serenamente, relatar-se o que aconteceu, a fase em que se encontram as apurações e os outros dados objetivos de que se disponha.
E isso não se aplica exclusivamente às empresas jornalísticas, mas todos que, de alguma forma, manifestam publicamente o pensamento. Outra situação relativamente corriqueira é a divulgação da forma que determinado parlamentar se posicionou acerca de algum projeto de lei ou alguma decisão que lhe cabe. É comum que se divulgue em que sentido votou o vereador, deputado ou senador. Isso é muito saudável. Porém, alguns segmentos pouco afetos ainda com a democracia, lançam-se em campanha difamatória, não com o sentido de esclarecer à população como seus representantes votaram, mas para simplesmente denegrir a honra, não raras vezes com palavras de baixo calão, ou mesmo ridicularizando a própria imagem da pessoa. Isso não é liberdade de expressão, mas abuso desse direito.

A liberdade de expressão e de manifestação do pensamento pressupõe uma maturidade das pessoas que detêm os meios de comunicação em massa. Isso implica, acima de tudo, que se saiba condenar de forma exemplar as condutas imorais, mas nunca as pessoas que as praticam.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Aos namorados

Amanhã, 12 de junho, é dia dos namorados. Convém que meditemos no namoro em nossos dias e, principalmente, como vivê-lo bem pode influenciar positiva ou negativamente na felicidade das pessoas.
Se nos aproximássemos de um casal jovem de namorados, que estão tomando sorvete juntos no shopping, e os surpreendêssemos com a seguinte pergunta: “é gostoso esse sentimento que nutrem um pelo outro?”. Seguramente responderiam que sim. Se perguntássemos se gostariam que esse sentimento durasse para sempre, também não tenho dúvidas de que responderiam afirmativamente. Porém, se indagássemos a eles: “o que pretendem fazer para que essa enamoramento perdure e, mais ainda, que aumente no decorrer de suas vidas?”, por certo que muitos não teriam a resposta, pior ainda, outros tantos trariam uma forte dúvida dentro de si, certos de que o sucesso do relacionamento estaria relegado ao acaso, como se não dependesse deles e apenas deles construir no dia a dia essa tão sonhada felicidade.
No começo do namoro, os defeitos dele ou dela estão como que ofuscados, pois não se têm olhos para eles. Isso, em si, não é de todo ruim e, se meditarmos bem, tem lá sua razão de ser. Certa vez ouvi de um amigo suas conclusões sobre isso: “Penso que o enamoramento é uma armadilha para o casamento. Se nos tempos de namoro eu tivesse contemplado como ela seria ao acordar em um dia frio, após trinta anos de casamento, com o seu pijama surrado, cabelo despenteado e restos da maquiagem do dia anterior, por certo que teria fugido do altar”. E o mesmo ocorre por certo com ela. Ouso arriscar que a imagem dele, com avantajada barriga, barba por fazer e chinelo de dedo perambulando preguiçosamente pela casa em uma tarde de domingo, por certo afugentaria a mais apaixonada das jovens namoradas.
Mas é necessário que se conheçam bem na fase de namoro. Não para perder o encanto, mas exatamente para evitar que o tempo traga o desencanto. Falar sobre os sonhos, projetos de vida, gostos, família, filhos e etc. Isso é o primeiro ingrediente para que o enamoramento possa crescer com o tempo.
Quanto os filhos começam a namorar, os pais podem ajudar nisso. No entanto, é muitíssimo freqüente que eles, com a intenção de ajudar, muito atrapalham. É que, ao notarem algum defeito no namorado da filha (ou na namorada do filho), vão logo dizendo: “nossa, mas ele já tem tantos anos e ainda não trabalha?”. Ou, “puxa, como ela é briguenta”.
Porém, com essas observações azedas, os pais não conseguem nada. Uma boa tática é omitir essas observações. Mais ainda, esforçar-se por vencer neles próprios aqueles defeitos que se vêem no namorado da filha ou na namorada do filho. Com o tempo, se o defeito for grave e intransponível, a filha (ou o filho) verá que o namoro não é bom. E mesmo que não vejam, não seriam os comentários em tom de crítica que lhes abririam os olhos. Dependendo do caso, pode ser necessário ter uma conversa para expor os fatos. Mas com carinho, em tom afável e, sobretudo, profundo respeito à liberdade do filho.
Também não se trata de ficar procurando um parceiro perfeito, porque não existe. Se tivesse de dar uma sugestão a alguém que procura um namorado ou uma namorada, diria que seja alguém que esteja disposto a lutar por ser melhor como pessoa, apesar dos muitos defeitos que tenha. E quem não os tem? É que, com essa boa disposição, os obstáculos se vencem no dia a dia.

Na véspera do dia dos namorados, ouso dar aos namorados, com poucos ou muitos anos de namoro: que procurem ser cada dia um pouco melhores enquanto pessoas. Que estejam cada dia mais dispostos a ajudar e servir. Com essa postura, os anos passarão, as rugas tomarão a face e os cabelos brancos encherão a cabeça, mas, mesmo assim, o sorvete que tomam juntos no shopping será cada vez mais gostoso.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Cumplicidade

Com muito gosto atendo ao pedido de uma leitora: “Que tal um artigo sobre cumplicidade, que fale da importância de sermos cúmplices (no casamento) um do outro, cada qual ajudando o parceiro crescer profissionalmente (sem inveja!), esforçando-se por crescer juntos espiritualmente e economicamente. Na maturidade, cheguei à conclusão de que é necessário haver cumplicidade, admiração e respeito para durar, manter e viver um relacionamento! Quanto à parte espiritual, deve ser alimentada desde que nascemos, pois é vital para o ser humano ser feliz” (Aparecida Jorge).
Cara Aparecida, concordo integralmente com suas idéias.
De fato, é muito importante ajudar “o parceiro crescer profissionalmente (sem inveja!)”. Em nosso tempo, muitos casamentos começam a ruir porque um não suporta, por inveja, o sucesso profissional do outro, como se estivessem em uma competição. Ocorre que o casamento é, na essência, o inverso, ou seja, cada qual há de se desdobrar pelo bem do outro. Mas há ainda quanto a isso um outro aspecto a se considerar. É que muitos maridos e mulheres se afanam em “progredir” profissionalmente, mas pouco fazem para crescerem enquanto pai, mãe, esposo e esposa. E sendo assim, muitas desavenças que surgem não são propriamente por um ter um destaque no seu trabalho, mas pelo preço que a esposa (ou o esposo) e os filhos pagaram por isso.
Devem os casais se esforçar “por crescer juntos espiritualmente e economicamente”. Trata-se de ter vida e projetos comuns, sonhar juntos. O que destrói a rocha não são os grandes temporais, mas a goteira que, dia após dia, ano após ano, vai infiltrando nas sendas da pedra. No casamento ocorre algo semelhante, ou seja, não são as brigas esporádicas (aliás, inevitáveis) que abalam suas estruturas, mas as muitas pequenas indiferenças no dia a dia, que os vai distanciando pouco a pouco, ainda que sob o mesmo teto, e que culminará em que tenham vidas paralelas, na qual cada um se torna um estranho para o outro.
“É necessário haver cumplicidade, admiração e respeito”. Temos de aprender a admirar o cônjuge. Nos tempos de namoro, é comum que se vejam as qualidades e que haja uma cegueira total quanto aos defeitos. Com o passar dos anos, ocorre o contrário, ou seja, há como que uma tendência em supervalorizar os defeitos e ignorar as qualidades. Mas é importante que se resgatem as qualidades. E, se formos sinceros, cada um poderia fazer uma lista de bons hábitos na esposa e no marido.
Certa vez ouvi de um amigo, que me relatava o fracasso do segundo casamento: “quando conheci a minha segunda esposa, surpreendi-me de que não tinha nenhum dos defeitos da primeira. Com o passar dos anos, porém, notei que ela possuía outros, para mim, muito piores”. Ora, ele disse-nos o óbvio, quem não tem defeitos? Porém, há que se valorizar as qualidades, pois somente com isso se alcança a admiração, imprescindível para manter acesa a chama do amor.
“Quanto à parte espiritual, deve ser alimentada desde que nascemos, pois é vital para o ser humano ser feliz”. Concordo, de fato, sem uma visão transcendente da vida, do casamento, dos filhos, enfim, da família, é muito difícil haver êxito nesse empreendimento. Isso, porém, independentemente da religião de cada um. Conheço vários casais em que cada qual segue uma religião diferente. Se houver respeito, admiração e, por que não, cumplicidade também nisso, ambos podem ser muito felizes no casamento.

Cara Aparecida, outra coisa não fiz que copiar as suas idéias. E agora que estou para concluir o artigo, o telefone toca. Era a minha esposa que, pela terceira vez, perguntava sobre como concluir uma compra pela INTERNET. A minha primeira reação foi dizer a ela algo do tipo: “será que dá para deixar eu terminar de escrever em paz!?”. Não o fiz, graças às suas palavras: é necessário haver “respeito para durar, manter e viver um relacionamento!”.