quarta-feira, 13 de setembro de 2006

PT promete legalizar o aborto

A Associação Paulista de Magistrados e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) lançaram, no dia 30 de agosto de 2.006, a campanha “Operação Eleições Limpas”. Trata-se de um projeto de esclarecimento à população, com objetivo de coibir fraudes e campanhas ilegais para que as eleições deste ano sejam mais éticas e transparentes. A idéia é difundir para a sociedade o abuso do poder econômico, a compra de votos, entre outras fraudes eleitorais.
Dando impulso a esse movimento dos magistrados brasileiros, gostaria de tratar hoje com o leitor de um aspecto muito relacionado com a transparência no processo eleitoral.
No 13º Encontro Nacional do PT, que ocorreu entre os dias 28 e 30 de abril, em São Paulo, foi aprovado um documento denominado “Diretrizes para a Elaboração do Programa de Governo”. O texto aprovado, que pode ser encontrado na íntegra no site http://www.pt.org.br/site/noticias/noticias_int.asp?cod=43228, em seu item 35, contempla textualmente que: “O Governo Federal se empenhará na agenda legislativa que contemple as demandas desses segmentos da sociedade, como o Estatuto da Igualdade Racial, a descriminalização do aborto e a criminalização da homofobia”.
Salvo grave equívoco de nossa parte, vivemos em uma democracia, onde, conceitualmente, todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente (parágrafo único do artigo 1º da Constituição Federal). Assim, num primeiro momento, deve ser elogiada a postura do Partido dos Trabalhadores de colocar para a população em geral o seu programa de governo, até para que todos saibam não apenas em quem, mas em que estão votando, pois, em última instância, numa democracia representativa, vota-se não apenas num candidato, mas, mais que isso, num programa de governo.
Ocorre que, se por um lado é elogiável a postura do partido político de disponibilizar em um site da Internet o seu programa de governo, por outro, em nenhum momento ouvi do Sr. Presidente, em seus inúmeros pronunciamentos públicos, admitir que irá colocar todo o empenho, acaso seja reeleito, em promover a legalização do aborto. E penso que isso seja altamente reprovável. É que as pessoas devem conhecer claramente o que pensa o seu candidato em todos os aspectos, pois, se o assunto permanece na surdina, corre-se o risco de se votar num candidato sem saber quais são suas reais convicções. Pior, votar em programas que não se concorda.
Nesse contexto, resta-nos uma dúvida ainda por ser respondida: O Sr. Presidente não tem pronunciado sobre o assunto porque não considera isso importante, ou intencionalmente omite para não perder a popularidade?
Os reais motivos disso permanecerão ocultos, afinal, quem pode afirmar o que se passa no interior de um ser humano? Mas indícios exteriores podem denunciar os reais motivos. Menciono apenas um: a população brasileira é maciçamente contrária ao aborto. Basta recordar que em 30 de outubro de 2005, o Correio Popular divulgou o resultado de uma pesquisa feita pelo Instituto ProPesquisa, cujo resultado aponta que 77,3% dos campineiros são contrários ao aborto.

Concluo ressaltando um elogio à Associação Brasileira de Magistrados: é mesmo hora de mais transparência no processo eleitoral, afinal, é chegado o momento de os brasileiros saberem em que e em quem estão votando!

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